Entre passos milimetricamente traçados,
Segundos contados,
Trajetos medidos,
Eu, deslocada.
Te chamo pro meu mundo,
Abro a porta do inseguro infinito do meu ser.
Você senta na entrada e me olha com aquele sorriso tímido.
A voz rouca me conta os medos,
Diz que ser estranho é normal,
Que vai dar um passo a frente e dez pra trás.
Repete tudo aquilo, pra deixar claro o quanto você se basta,
E que seu mundo te transborda.
Que você tem prioridades que ainda nem descobriu quais são,
Mas que vai inventá-las só pra que eu não me iluda a cada
sorriso seu.
Que todas essas afinidades são coisas do acaso,
E eu faço parte das pessoas ótimas que você teve a sorte de
esbarrar por aí.
Eu já ouvi isso tudo antes.
Enquanto você repete, eu lembro das tantas risadas daquela
noite.
É a cena que sempre me vem a cabeça ao pensar que,
a distância do corpo é tão irrelevante, quando lidamos com
medos da alma.
Coisa mais linda de se ler.... Beijos!!!
ResponderExcluirca-ra-lho! ficou sensacional!!!!!!!!
ResponderExcluirputa merda, best, achei lindo demais.
muito bom mesmo. super sensível e sofrido.
adorei a escolha de palavras.
arrasou!
(só pago pau quando eu REALMENTE gosto. esse mereceu.)
um beijo